Pavimentação Asfaltica

O asfalto — material de consistência variável, aderente, altamente impermeabilizante e durável — é constituído predominantemente de betume, podendo ser obtido diretamente de jazidas ou por meio do refino do petróleo.

As características do asfalto conferem flexibilidade controlável às misturas com agregados minerais, possibilitando o aumento da resistência à ação de ácidos, álcalis e sais. Mesmo sendo sólido ou semi-sólido à temperatura atmosférica, pode ser liquefeito se aquecido, ou ainda dissolvido em solventes de petróleo ou por emulsificação.

Os asfaltos para pavimentação aparecem em quatro formas: i) cimentos asfálticos de petróleo (CAP); ii) asfaltos diluídos de petróleo (ADP); iii) emulsões asfálticas (ED); e iv) asfaltos modificados (asfaltos polímeros) (MARQUES, p. 122, 2008).
Ao deixar a refinaria, o asfalto (CAPs e ADPs) é predominantemente transportado por distribuidoras credenciadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As distribuidoras são autorizadas pela ANP a realizarem serviço de transporte dos asfaltos para as suas áreas de aplicação, além de poderem executar modificações no produto. Logo, as distribuidoras podem criar emulsões asfálticas ou asfaltos modificados com polímeros a partir dos produtos retirados nas refinarias. Neste segmento da cadeia também aparecem as transportadoras com autorização específica da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), autorização apenas de transportar o produto.
O asfalto é entregue por uma transportadora ou distribuidora aos construtores, que são responsáveis pelas execuções de obras públicas ou privadas. As construtoras recebem materiais para agregação que, usinados junto ao asfalto, constituem a massa asfáltica que será utilizada durante a fase final de pavimentação de vias.
Por fim, a cadeia encerra-se com o consumidor final. Existem aplicações dos asfaltos para fins de impermeabilização industrial, por exemplo, mas o principal uso é a pavimentação rodoviária, portuária e aeroportuária, o que faz com que o consumidor final seja, quase sempre, Governo (federal, estadual ou municipal), pois a participação de concessionárias privadas é pequena em relação ao total da malha pavimentada.
Fonte: Estudo da Cadeia Produtiva do Asfalto: diagnóstico de problemas e proposições de aprimoramento, versão preliminar 2009.
LCA Consultores
Equipe Técnica: Bernardo Gouthier Macedo. Economista e sócio-diretor da LCA
                              Cláudia Viegas. Economista e coordenadora de Projetos
                              Fernando Mentone. Técnico
                              Roberto Pedroso Jr. Economista